O Viagra foi lançado pela Pfizer em abril de 1998, nos Estados Unidos, para o tratamento da disfunção erétil (DE), chegando ao Brasil em junho do mesmo ano. A pílula azul, primeiro comprimido para DE, facilitou o tratamento – antes complicado e desconfortável – e trouxe um leque de questionamentos sobre a sexualidade humana e os problemas de ereção masculina em todo o mundo. Dez anos após o lançamento, nem todos esses tabus foram quebrados. Muita gente só ouve sobre os medicamentos para DE em conversas informais, o que dá margem para especulações e dúvidas.
Para esclarecer os mitos e as verdades sobre Viagra, o médico Sidney Glina, Chefe do Departamento de Urologia do Hospital Ipiranga/São Paulo, levanta as principais dúvidas que os pacientes levam para o consultório:
Pacientes com problemas cardiovasculares podem usar Viagra
Verdadeiro. Portadores de insuficiência cardíaca, pressão alta e outras enfermidades relacionadas ao coração podem fazer uso do medicamento, que sempre deve ser prescrito pelo médico. Viagra pode ajudar esses pacientes a retomar ou melhorar a atividade sexual.
Pacientes que fazem uso de medicamentos à base de nitrato não podem tomar medicamento para DE
Verdadeiro. Os nitratos são medicamentos utilizados por algumas pessoas que tiveram infarto ou angina. Seu uso com comprimidos para disfunção erétil pode resultar em complicações graves. Essa é a principal
contraindicação de Viagra.
Para fazer efeito, Viagra precisa ser tomado uma hora antes das refeições ou depois de comer
Mito. Refeições habituais não alteram a absorção do medicamento. Refeições ricas em lipídios (gordura) levam a um retardo na absorção. Entretanto, a eficácia não é alterada (apenas há atraso na absorção e não na eficácia).
Viagra não pode ser tomado com álcool, pois tem ação de efeito retardada
Mito. Estudos realizados com homens que beberam uma garrafa de vinho mostraram que não existe interação entre álcool e Viagra. Apesar disso, a Pfizer, de maneira responsável, não recomenda o uso concomitante.
Viagra funciona por até 12 horas
Verdadeiro. A duração da ação está estimada inicialmente entre 4 e 6 horas, o que é adequado para o perfil de hábitos sexuais de muitos casais. Porém, estudos demonstram que a sildenafila (princípio ativo de Viagra) pode ter efeito de até 12 horas para um grande número de pacientes com disfunção erétil.
Viagra perde o efeito com o tempo a longo prazo
Mito. Estudos mostraram que, mesmo após anos de tratamento com Viagra, a ação do medicamento não foi alterada.
Não é aconselhável usar Viagra por muito tempo seguido
Mito. Todas as evidências científicas comprovam a segurança da utilização de Viagra a longo prazo.
Viagra funciona para todos os graus de disfunção erétil
Verdadeiro. Viagra é eficaz em casos de disfunção erétil de leve à completa e apresenta boa eficácia independente da causa do problema, seja ela orgânica ou psicológica.
Quem tem mais de 70 anos não pode usar Viagra
Mito. Não existe idade máxima para o uso de Viagra. Todo homem pode utilizar o medicamento para melhorar seu desempenho sexual, desde que seja avaliado previamente pelo médico.
As mulheres não gostam de saber que o parceiro usa Viagra
Mito. De acordo com a pesquisa realizada em 2006 com usuários de medicamento para DE, coordenada pela psiquiatra Carmita Abdo, a desaprovação da parceira com relação ao uso de medicamento para melhorar o desempenho sexual é de apenas 3%.
Viagra foi inicialmente desenvolvido para o tratamento de angina
Fonte: Cliquesaude
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