De gemidos às lágrimas. Entre a fase de excitação e o clímax de uma relação sexual, a mulher experimenta as mais diferentes sensações, que podem variar de acordo com o grau de entrega dela às suas próprias fantasias.
"As reações variam de acordo com a personalidade da mulher. No momento do orgasmo, há aquelas que necessitam se expressar de maneiras que vão além do corporal. Algumas gemem, dão gargalhadas, gritam ou até falam palavrões", conta a psicóloga, sexóloga e coordenadora do Projeto AmbSex, Carla Cecarello.
A sexóloga disse que algumas clientes chegam a reclamar de fortes dores de cabeça. "Isso acontece com as mulheres que apresentam dificuldades para atingir o orgasmo. Elas exercem um grau de tensão tão grande que depois que a sensação de relaxamento passa, a dor de cabeça começa", explica.
Para o terapeuta sexual João Borzino, fatores como estado de humor e as condições físicas e do relacionamento influenciam as reações na hora do orgasmo. Sendo assim, existe o que é mais comum para cada pessoa e não algo generalizado.
"Organicamente, podemos dizer que o orgasmo é uma fase de estresse físico: a pressão vai 200X140 mmHg, a frequência cardíaca pode ultrapassar 200 batimentos por minuto, a pessoa entra em estado ofegante (falta de ar e respiração rápida), sente suor, calor e alta contração muscular", conta.
Carla completa: "Os bicos dos seios ficam enrugados, como se a mulher estivesse com frio, o rosto fica bem avermelhado, e os pequenos e grandes lábios ficam avermelhados e inchados, por causa da concentração de sangue."
Há também casos de mulheres que chegam a chorar ao atingir o orgasmo. Segundo Dr. Borzino, essa reação se deve à intensidade causada pelo ápice do prazer. "É um momento tão ‘agudo’ que desperta os sentidos como um todo. Raramente o choro está relacionado a algum sentimento mal resolvido ou trauma, porém, as lágrimas são mais comuns em mulheres que têm dificuldades em desejar ou ter o orgasmo", comenta o terapeuta.
"O choro vai depender do que o orgasmo representa para esta mulher. Ela pode se lembrar de uma parceria anterior que não existe mais, por exemplo. Mas acredito que a pessoa que passou por algum trauma dificilmente sente prazer", comenta Carla.
Entre os fatores que influenciam positivamente na conquista do orgasmo estão o autoconhecimento e ter uma boa relação com o próprio corpo. Dr. Borzino inclui nesta lista as necessidades de respeitar as próprias fantasias, não ter vergonha de realizá-las e admirar o parceiro.
"Por outro lado, o dia a dia, os compromissos, o estresse, a família, os problemas de relacionamento no trabalho e a dupla jornada influenciam de forma negativa".
A sexóloga Carla Cecarello explica que o orgasmo é um momento de entrega plena da personalidade e da sexualidade para o parceiro. Por isso, as emoções ficam exacerbadas. "Não há uma definição para este acontecimento, além do científico", finaliza.
Por Juliana Falcão (MBPress)
Legal o artigo, muito excitante...
ResponderExcluirhehehe