Desejo e fantasia de grande parte dos
homens, o sexo anal é visto com reservas por muitas mulheres. Mesmo tendo
vontade de praticá-lo, algumas acabam desistindo com medo de sentir dor ou
mesmo de se machucar na hora, entre outros receios.
De acordo com especialistas, se o parceiro tem consciência
desses temores femininos e sabe lidar com eles, o sexo anal tem muito mais
chances de ser prazeroso para elas – prazer esse que não deve ser confundido
com ter orgasmos com a penetração anal. Também ajuda quando se entende melhor
como funciona o corpo e o desejo das mulheres.
Para os homens tomarem consciência desses receios, no
entanto, é preciso que as mulheres também consigam falar sobre eles. “Não
precisa ser uma conversa séria, pode ser um bate-papo informal. Aliás, falar de
maneira descontraída ajuda a diminuir a tensão que o assunto provoca”,
aconselha Maria Cristina Romualdo Galati, psicóloga e terapeuta sexual da
Universidade Federal de São Paulo e do Instituto Kaplan.
Dica para
ela: sexo anal não é presente
Débora Pádua, fisioterapeuta uroginecológica e orientadora
sexual, diz que, antes de tudo, a mulher deve fazer sexo anal porque deseja e
não pelo motivo errado. “Não pode ser um ‘prêmio’ para o marido só que porque é
aniversário de casamento do casal, por exemplo. E o homem, por sua vez, tem que
entender que é muito mais prazeroso quando a parceira está à vontade com a
situação”, explica Débora, dizendo em casos como esses acabam resultando em
ansiedade e numa posterior frustração.
Dica para
ele: delicadeza é indispensável
O homem deve estar bem consciente a respeito de uma diferença
fundamental. “Ele não pode penetrar no ânus da mesma maneira que faz na vagina.
É preciso lembrar que a região anal não tem lubrificação própria como a
vaginal”, avisa Maria Cristina.
A terapeuta sexual recomenda ainda que o homem não tenha
pressa neste momento, caprichando nas carícias antes da penetração. Em
consequência disso, a mulher ficará mais relaxada e excitada para a penetração
anal. “Ele pode passar a glande do pênis no ânus e ao redor dele para
estimular”, exemplifica Maria Cristina.
Uma boa possibilidade é começar a penetração incialmente com
os dedos. “Primeiro, com calma, o homem coloca um dedo. Depois, quando a mulher
estiver mais relaxada, coloca dois dedos de uma vez”, indica a terapeuta. “A
mulher pode aproveitar e ir treinando a contração da região anal, contraindo e
relaxando logo em seguida. Isso vai ajudá-la ter mais controle”, completa.
Dica para os
dois: lubrificante e camisinha
Na hora da penetração em si, também não precisa ter pressa,
mantendo o ritmo lento e progressivo recomendado pelas especialistas. “O homem
pode inserir primeiro a glande, quando a mulher estiver mais segura, coloca um
pouco mais e assim vai seguindo”, propõe Débora, lembrando que o uso da
camisinha e do lubrificante a base de água é indispensável neste momento, já
que o ânus é uma região sem lubrificação e é povoado por bactérias que são
nocivas quando em contato com outras partes do corpo.
Débora não indica o uso de pomadas anestésicas. É perigoso.
“Muitas vezes, elas tiram demais a sensibilidade. O homem acaba introduzindo o
pênis de qualquer maneira e a mulher não percebe quando a penetração está
machucando, o que pode acabar provocando fissuras no ânus”, esclarece a
fisioterapeuta.
Dica para
eles: não esqueça o resto do corpo
Mesmo quando está penetrando o ânus, o homem não deve
esquecer as outras partes do corpo da mulher. “Tocar a vagina, especialmente o
clitóris, deixa a mulher mais excitada e mais relaxada”, pontua Maria Cristina.
“Ela também não precisa ser passiva e pode se masturbar, enquanto é penetrada”,
acrescenta a terapeuta sexual. Essa estimulação dupla favorece o orgasmo.
Aliás, sobre a controvérsia se a mulher pode ou não ter um
orgasmo anal, Débora diz que ainda não há nenhum estudo científico que comprove
essa possibilidade. “Mas não importa de onde vem o prazer, porque não só as
áreas genitais que estão envolvidas no orgasmo e sim o corpo todo”, avalia a
fisioterapeuta.
Dica para os
dois: existe uma posição ideal?
“Muitos homens têm como referência os filmes pornôs, achando
que a mulher tem que ficar ‘de quatro’ em cima da cama na hora do sexo anal,
sendo penetrada freneticamente. Mas essa não é a posição mais confortável para
ela”, pondera Débora.
“Para começar, talvez seja melhor ficar na posição de
conchinha ou com a mulher por cima do homem, cavalgando. Essa disposição dá
mais controle da situação para a mulher, que não fica tão vulnerável”, finaliza
a expert.
Fonte: http://www.cenariomt.com.br/noticia.asp?cod=219247&codDep=7
noç q gostosonas
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